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Para Setcom, aumento do Diesel é descompromisso do governo e terá reflexos


O aumento do preço dos combustíveis nas refinarias, anunciado pela Petrobrás no dia 29 de setembro, impactará nos preços dos serviços de transporte. O reajuste anunciado para o óleo diesel, em especial, foi de 4% e a classe transportadora vem criticando fortemente a atitude do governo. A Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística (NTC&Logística) estima que a alta impactará em até 1,4% nos custos operacionais das empresas.

A reclamação é que o governo federal havia se comprometido em congelar os preços deste combustível. Agora, haverá reflexos do aumento em outros setores, até mesmo no consumidor final. A crítica do setor é grande. O presidente do Setcom, Paulo Simioni, lamentou a notícia em entrevista à emissora.

Para ele, que repudiou o aumento, há um sentimento de desconfiança e de revolta da presidência do país, que tem repassado para o contribuinte a conta dos erros cometidos pelo governo. Para ele, isso acaba virando uma cadeia. “Aumenta o combustível do transportador, que por sua vez aumenta o valor do embarcador, que vai acabar aumento o preço do produto e vai pesar no bolso do consumidor final”, explica.

Em palavras duras, Simioni diz que esse reajuste só reforça aquilo que a classe transportadora vem sentido há muito tempo: o setor está defasado. “O frete está ultrapassado, as rodovias, péssimas e ainda a carga tributária alta”, lamenta o presidente do Setcom.

Paralisações

Nesta segunda-feira, 5, depois de mobilizações via redes sociais, alguns caminhoneiros, em pontos isolados do país, realizaram paralisações das atividades, parando os veículos nos acostamentos das rodovias. O presidente disse saber da movimentação, mas que é bastante tímida.

No entanto, ele não concorda com o modelo de mobilização feita no país. Para Simioni, apenas o transportador/caminhoneiro paralisar as atividades e cobrar do governo federal melhorias na forma de gerenciar o país está errado, pois é preciso que os demais setores, como o comércio, se aliem e também façam paralisações pontuais. “Caso contrário, a classe vai acabar ficando com a fama de baderneiro”, finaliza.

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